Chamame




quarta-feira, 31 de maio de 2006

Luiz Carlos Borges

Luiz Carlos BorgesLuiz Carlos Borges, músico desde sete anos de idade, quando iniciou sua carreira no conjunto "IRMÃOS BORGES" na cidade de São Luiz Gonzaga, região missioneira do estado do Rio Grande do Sul, com quem gravou seus três primeiros discos, registrando sua passagem pelo estilo regional bailável do RS. Mais tarde, já estudante universitário em Santa Maria - RS iniciou sua carreira solo a partir do sucesso com a composição "Tropa de Osso", premiada na 9ª edição da Califórnia da Canção Nativa do RS, movimento musical da década de 70.

Luiz Carlos Borges segue carreira alicerçando seus conhecimentos no Curso Superior de Música, e fazendo sucesso no meio estudantil universitário, tocando em restaurantes universitários, pátios de escolas, bares e teatros, fazendo fronte a movimentos culturais. Em 1980, forma-se em música pela UFSM - Universidade Federal de Santa Maria e assume a direção do Centro Cultural Municipal e Biblioteca Pública daquela cidade; ainda em 1980, grava seu primeiro LP individual "Tropa de Osso", um trabalho para todo o Estado do Rio Grande do Sul. A partir dai Borges investe na renovação da música regional de seu estado.

Em 1982, muda-se para São Borja, onde assume a Assessoria de Cultura e Turismo daquele município e passa a trabalhar no Projeto "São Borja 300 anos de História", durante todo ano. Ainda neste mesmo ano grava seu 2º LP individual: "Noites, Penas e Guitarra".

Em 1983, a convite da administração municipal, assume em Santa, Rosa a assessoria de Cultura e Turismo, onde idealiza e desenvolve o Projeto " Musicanto Sul-Americano de Nativismo", que resgata os costumes populares da região, e abre espaço para toda América do Sul mostrar o que se produz em termos musicais nativos cm cada região dos países sul-americanos. Suas atividades, dividem-se entre o produtor cultural e o músico que dia a dia aumenta sua produção; e em 1985 lança o 3ºLP individual de sua carreira "Quarteada", logo em 1986 vem o 4º lançamento "Solo Livre", período este em que Borges já atinge outros estados brasileiros, e é premiado nos mais importantes festivais do país, quer como instrumentista ou como compositor. Em conseqüência disso, o reconhecimento do seu trabalho fica evidenciado em participações como:
  • Festival Nacional del Folklore COSQUIM 1984 (Córdoba - Argentina), onde retornou em 1998 com Renato Borghetti e Chango Spasiuk.
  • Festival Internacional de Folklore - em Salt Lake City, Estados Unidos da América.
  • Semana Regional do Folklore da Guiana Francesa - Caiena em 1988
  • Em 1991 lança o CD "Fronteiras Abertas", em parceria com Antônio Tarrago Ros.
  • Em 1992 inicia o ano cumprindo uma agenda de 14 shows na Europa nos meses de março e abril em países como: Alemanha. Áustria, Itália. Eslovênia e Suíça onde grava seu 1º CD Internacional, "Gaúcho Rider", que registra o repertório lá trabalhado, onde ritmos como vaneirão, bugio, chamamé, forró e chacarera são registrados com notória modernidade, sendo este o 9º de sua discografia. Ainda em 1992, Borges divide com o tecladista Geraldo Flach o lançamento de um CD com repertório assinado pelos dois parceiros somente com composições inéditas e instrumentais, um lançamento do Selo Veias para todo país.
  • Em 1993, registra sua paixão pelo Chamamé, com "Na Chama do Chamamé" em mais um lançamento USA Discos, seu 11º disco. E neste mesmo ano volta a Europa para mais duas turnes.
  • Em 1994, Borges novamente excursiona pelo exterior cumprindo agenda em sete países, oportunidade em que grava seu 2º CD Internacional, "Gaúcho" pela Face Music, ao mesmo tempo em que lançava no Rio Grande do Sul, o CD da série Gaúchos de Ouro pela USA Discos.
  • Em 1995, lança "Hay Chamamé", pelo selo da USA Discos de Porto Alegre, sendo este o 14º de sua carreira, incluídos 2 discos gravados na Argentina em 1971 e 1976, pelo selo País Discos de Buenos Aires, ambos apresentados por Raulito Barbosa.

Nos anos seguintes, Luiz Carlos Borges gravou diversos CDs, entre eles:

  • Temperando -- Luiz Carlos Borges (Nícolás Brizuela - Acit RS/BR)
  • Série Acervo Gaúcho - Luiz Carlos Borges - (USA Discos RS/BR)
  • Bem-Vindo ao Sul - Luiz Carlos Borges e Convidados (Acit RS/BR)
  • Luiz Carlos Borges - Luiz Carlos Borges - (Acit RS/BR)
  • Campeiros- Luiz Carlos Borges e Mauro Ferreira (Acit RSIBR)

Amostras de Aúdio: em breve

terça-feira, 30 de maio de 2006

Novos Arquivos de Áudio de Dino Rocha

Adicionamos novos arquivos de aúdio ao perfil do Dino Rocha. Os temas são:

- Baile Correntino
- Don Luis C Borges
- Tierra Donde Nací

Clique aqui para acessar o perfil do Dino Rocha e escutar os temas.

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Damasio Esquivel

Damasio EsquivelAo longo de 73 anos de carreira, o rosarino Damasio Esquivel compôs diversas obras vitais do chamamé, temas como "Alma guaraní", "Barrio Sajonia", "El gaucho Gramilla", "Mi cantar", "El Aguará Guazú", "Los colonos", "Un corazón" e "Amor y quebracho", que registrou em 40 discos "de pasta", 31 de vinil e 1 CD, "El patriarca" (de 1998).

O bandoneonista conhecido como "El Coloso del Chamamé" foi discípulo de músicos do litoral do estilo de Ernesto Montiel, Tránsito Cocomarola e Antonio Tarragó Ros (pai).

Com o passar do tempo e a medida que sua trajetória cobrava maiores vôos, Damasio Esquivel - já valorado por sua capacidade inata para escrever música - se converte também em um grande do chamamé, alcançando o mesmo reconhecimento de seus maestros.

No ano de 2000 teve sua trajetória reconhecida no Festival Nacional del Chamamé, na cidade entrerriana de Federal, um dos eventos chamameceros mais destacados de toda a Argentina.

Os últimos meses do artista transcorreram a espera de ser chamado para atuar, "já que a situação dos músicos não é tão boa", comenta o filho do artista, citando que as mais recentes apresentações de seu pai se realizaram durante o mês de setembro de 2003 na "Feria de Mataderos", Capital Federal.

Apesar de ter nascido na província de Santa Fé, mais precisamente na cidade de Rosário, Damasio Esquivel era considerado pelo grande público com um correntino. Em sua juventude, se radicou na Capital Federal, por formação musical se identificava com a província de Corrientes, onde era (e continua sendo) muito querido e respeitado.

Desde de pequeno começou a transitar por palcos e estúdios de gravação, e já jovem se "entranhou" por estes locais, convivendo os grandes do chamamé.

Em uma de suas últimas reportagens para a imprensa porteña, Esquivel relembrou: "Creio que tenho mais de 70 anos de trajetória; iniciei em 1931 das mãos de meu pai". E não era para menos, seu pai foi "primeiro" violão do grande músico paraguayo José Asunción Flores, e também tinha primas que cantavam em rádios porteñas. Foi neste ambiente que se criou o futuro bandeonista.

"Tocávamos polca porque era mais comercial, haviam acordeons com dois violões, como eu tinha estúdios adiantados, formei logo a seguir uma orquestra, porém continuei me aperfeiçoando com Gilardo Gilardi", relata.

"Talvez não tenha uma real dimensão da minha obra, porém acredito que vamos deixar algo", assinalou de forma premonitória. E na verdade foi assim, Damasio Esquivel deixou um legado para as novas gerações de músicos.... suas páginas já são parte do cancionero chamamecero.

Damasio Esquivel, um dos patriarcas da música chamamecera faleceu em um domingo, no dia 24 de abril de 2004, aos 85 anos por uma parada cardíaca, antes de permanecer 34 dias internado na clínica porteña Bazterrica.

terça-feira, 23 de maio de 2006

Festival América do Sul

Último dia do 3º Festival América do Sul - Corumbá, MS

O cancioneiro paraguaio Rigoberto Arévalo, que se apresentou na noite de segunda-feira, terceiro dia do Festival América do Sul com 'Su Trio de Siempre', disse que lhe faltam adjetivos para expressar seu contentamento e entusiasmo pela oportunidade de participar de um evento que promove a integração do continente. O público, que cantou, dançou e aplaudiu seu show, com certeza interpretou esse sentimento fronteiriço através da música que tanto nos identifica.

Surpreso por se apresentar pela primeira vez em um Festival que discute uma América sem fronteiras através das manifestações culturais, Rigoberto Arévalo se comportava como um principiante em sua entrevista, ao final do show. “Foi um momento extraordinário, não sei o que dizer quando voltar ao meu país. O público brasileiro cantando nossas músicas foi especial, isso é integração, eleva nossa estima”, comentou, sem esconder a emoção de quem tem 50 anos de carreira.

O grupo paraguaio foi o primeiro a se apresentar entre as atrações musicais de ontem à noite. Os shows foram realizados no salão social do Corumbaense Futebol Clube, transferidos do palco da Praça Generoso Ponce devido ao mau tempo. Mais de duas mil pessoas assistiram as apresentações de Rigoberto Arévalo, Renato Borghetti (Brasil), Puerto Candelária (Colômbia) e América Contemporânea (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e Venezuela).

Foi uma noite especial, como bem definiu o cantor paraguaio. A começar pela passagem do som, de última hora. O público não interagiu com os artistas apenas durante as apresentações. Ao final de cada show, os músicos transitavam entre os espectadores para dirigir-se ao camarim, improvisado num andar superior, posando para fotos e dando autógrafos. Arévalo e seu trio subiram ao palco para passagem do som no momento em que a entrada do público foi liberada.

Ritmos fronteiriços – A paciência dos artistas e do público foi compensada, havia uma energia muito forte naquela lugar aconchegante que um atraso na programação fosse capaz de tirar o brilho da noite. Rigoberto e Su Trio de Siempre foram irretocáveis, apresentando a autêntica música paraguaia com competência vocal e instrumental. O grupo, sabiamente, tocou na alma dos sul-mato-grossenses ao apresentar um repertório que se confunde com a cultura regional, da polca ao chamamé.

O público, claro, não se contente. Era essencialmente latino, brasileiro ou não. Quando Rigoberto e trio cantaram clássicos como Paloma Blanca, a platéia se integrou ao show. E, sucessivamente, vieram canções de grande apelo sentimental, como Ipacaray, Índia, Pajaro Campaña, Merceditas, Km 11, Galopeira... Todos cantavam, batiam palmas e dançavam. Foram 50 minutos da verdadeira integração do Festival América do Sul.

AquidauanaNews.com

Feliz Aniversário Dino Rocha!

Dino Rocha, feliz aniversário!Quando o Mato Grosso do foi criado, em 1979, ocorreram diversos movimentos com o intuito de definir a identidade cultural do novo estado. Pouco se sabia sobre a diferença cultural entre o norte e sul. E essas correntes de divulgação da cultura do lado sul foram muito bem expostas pela música e pelas artes plásticas. É impossível não notar a influência da fronteira na cultura sul-matogrossense, e os maiores símbolos disto são o chamamé e o tereré.

No chamamé de Mato Grosso do Sul despontam vários instrumentistas, e um dos que representa com muita força toda esta cultura é o Dino Rocha. E hoje, 23 de maio, é um dia muito especial para a cultura sul-matogrossense, pois Dino Rocha comemora seus 55 anos, dentre os quais são mais de 45 anos de carreira marcada por clássicos como "Gaivota Pantaneira", "Para Ti Ponta Porã e tantos outros êxitos.

Feliz aniversário Dino Rocha!

segunda-feira, 22 de maio de 2006

Ciclo de Cinema Argentino em SP

Tema 'fora do tópico' chamamé - porém é impossível deixar de divulgar eventos culturais como este. Você que mora em São Paulo, aproveite a entrada é franca.

Novo Cinema Argentino é destaque no Memorial de 25 a 30 de maio

O Consulado Argentino em São Paulo apóia o ciclo de cinema argentino que acontecerá de 25 a 30/05 no Memorial da América Latina. Serão exibidos ótimos filmes e o melhor, grátis. Toda a programação deste evento pode ser encontrada no site: www.memorial.sp.gov.br

O cinema argentino contemporâneo vem dando mostras de que é possível fazer filmes de qualidade, autorais e com saída de mercado. Mas, infelizmente, muitos deles não estréiam por aqui. Sabendo disso, o Memorial da América Latina traz ao público uma significativa mostra desta safra na 2ª Mostra de Cinema Argentino, que acontece de 25 a 30 de maio e contará com a presença do cineasta Tristán Bauer.

Tristán Bauer é realizador do filme “Iluminados por el Fuego”, que trata de um trauma argentino: a guerra das Malvinas, ocorrida em 1982. Para debater com Bauer, o crítico de cinema Rubens Ewald Filho. Ao todo, serão apresentados 15 filmes que tratam de temas políticos, existenciais, sociais e da história do país vizinho.

O filme de Tristán Bauer é baseado no livro de Edgardo Esteban, um ex-combatente das Malvinas, que depois se tornou correspondente estrangeiro. No livro, como no filme, aparecem os horrores da guerra, o frio, a fome, o maltrato dos mandos militares – a Argentina vivia sua ditadura mais sangrenta – e as histórias de amizade e companheirismo.

A mostra é organizada em parceria com a Librería Española e Hispanoamericana (Brasil) e INCAA (Argentina), com o apoio do Ibep - Companhia Editora Nacional e do Consulado da Argentina em São Paulo, e tem entrada franca. Os filmes passarão em DVD no telão na Biblioteca Latino-americana Victor Civita e no Pavilhão da Criatividade.

Confira a programação no site: www.memorial.sp.gov.br

domingo, 21 de maio de 2006

Ernesto Montiel

Los 55 años del Cuarteto Santa Ana Todo um símbolo da música folklórica do Litoral Argentino. Seu público e seus amigos recordam ao maestro Ernesto Montiel como uma pessoa dedicada que junto ao seu acordeón soube inspirar-se e criar magníficas obras musicais.

Em 26 de fevereiro de 1916, nascia em Paso de los Libres Don Ernesto Montiel - "El señor del acordeón" - que um dia deixaria sua cidade natal para juntar-se com os alguns dos melhores intérpretes da música litoralenea da ocasião: Emilio Chamorro, Ambrosio Miño e outros, e até unir-se a Isaco Abitbol.

Junto com Abitbol formaram o famoso Cuarteto Santa Ana, compartindo a paternidade de numerosas obras musicais, entre elas a polka "General Madariaga", e o chamamé "Ñatita", o valseado "Don Chirú" e os rasguidos dobles "Padrino Tito" e "Martínez Gutiérrez".

Ernesto Montiel entre tantas atuações em Buenos Aires, inaugurava "Los Carnavales Folklóricos de San Lorenzo de Almagro", compartindo inclusive com a orquesta típica do maestro Carlos Di Sarli e os Hermanos Abrodos. Posteriormente se sucedem várias atuações pelas principais emissoras de rádio da grande Buenos Aires e turnês exitosas que firmariam ainda mais seu nome.

Ernesto Montiel Em 1969 o grupo figura entre os maiores vendedores de discos do selo Philips. Na ocasião em que se realizou o primeiro Festival Cinematográfico, foram encarregaos de receber as delegações estrangeiras em um banquete no El Tigre. O Cuarteto Santa Ana de don Enersto Montiel também teve a honra de mostrar sua arte musical no teatro Colón de Buenos Aires, ocasião em que esteve presente o Presidente na Nação e o príncipe dos Países Baixos. Por capacidade e espítito criativo, recebeu a bendição do Papa Paulo VI sobre suas obras "Villancico Correntino" e "Valsecito Navideño". Ao mesmo tempo é reconhecido por outros exemplos do mundo artístico nacional, como Astor Piazzolla e Osmar Madera. "El Señor del Acordeón" morreu em Buenos Aires, no dia 6 de dezembro de 1975.

Arquivos de Áudio de Jorge Suligoy

Acabamos de adicionar três arquivos de áudio (mp3) do músico misionero Jorge Suligoy em seu perfil. São três lindos temas que fazem parte do CD "Somos".

- Soy Camionero (Galopa)
- Un Día en Misiones (Gualambao)
- Soy Cantor Chamamecero (Chamamé)

Muchas gracias en especial a Ignacio Pilnik (baterista de Jorge Suligoy)

Clique aqui para acessar o perfil de Jorge Suligoy e escutar as canções.

sábado, 20 de maio de 2006

Tránsito Cocomarola

A trajetória artística de Tránsito Cocomarola lhe valeu o título de "El Taita del Chamamé". A palavra "taita" em guaraní significa "pai".

Tránsito Cocomarola Mario del Tránsito Cocomarola nasceu em 15 de agosto de 1918 na localidade de San Cosme, mais precisamente na “Estancia El Albardón”, província de Corrientes. Ali sob a influência de duas culturas, e de duas heranças, entre canções de origem guaraní de sua mãe correntina e melodias de terras distantes, trazidas na memória e nostalgia de seu pai imigrante italiano, começa a trajetória musical de um gênio do chamamé.

É nesta mistura de culturas "Guaraní-Corrientes-Itália" que começa a história de um GRANDE da música chamamecera. O primeiro contato que Tránsito Cocomarola teve com a música foi através de seu pai que era acordeonista. E foi esse instrumento que acariciou desde pequeno, e já com somente treze anos e vestindo calças compridas para aparentar mais idade e auxiliado pelas sombras da noite, já atuava "clandestinamente" em lugares de vida noturna para ganhar seus primeiros Pesos.

Foi também com este primeiro acordeón que compôs seus primeiros temas e com ele seguiu gravando alguns anos depois, mesmo quando já executava algumas canções com o bandoneón, e de forma alternada ora gravava com um instrumento e outro.

Na década de 30 integra a vários conjuntos, e em Corrientes já atua com os dois instrumentos mencionados na primeira orquestra folklórica da província que era dirigida pelo maestro Ricardo Suárez. Posteriomente já em Buenos Aires, se apresenta com "Los Hijos de Corrientes" e o “Trío típico Correntino” que dirigía Emilio Chamorro. Também com o conjunto de Osvaldo Sosa Cordero, com o Conjunto Irupé junto a Roberto Ferradás Campos e Santiago Barrientos em 1946, com o Conjunto ”Los Kunumi” junto a Samuel Claus e Emilio Chamorro, posteriormente com Ramón Estigarribia e com a "agrupación del santaluceño" Miguel Repiso, participa em algumas gravações com o “Trio Taragui” de Pedro Sánchez.

Em uma seção de gravação, integrando o conjunto “Los Hijos de Corrientes”, um diretor do selo discográfico escuta Cocomarola tocando e fica surpreeendido pela altíssima qualidade de suas interpretações e lhe propõe gravar com seu próprio nome. Este foi o ponto inicial que daria a Cocomarola a possibilidade de trascender e chegar a um disco como diretor de seu próprio grupo: o legendário “Trio Cocomarola”. Isso ocorreu no final do ano de 1941 e em 19 de maio de 1942 grava seus primeiros dez temas com o selo Odeon. E neste selo discográfico deixa impresso um total de 124 temas.

Os primeiros tríos junto ao Taita del Chamamé nas primeiras dez gravações foram integrados pelos violonistas: Colón Cobas, Policarpo Benitez, Pedro Pascasio Enríquez e Luís Ferreira, a seguir ingressa o "Duo de los Zorzales” composto por Ramón Hurtado e Isauro Guerreño, até o ano de 1945. Deste ano até 1948 o dúo Cejas- Ledesma, com José Cejas e Juan Alberto Ledesma.

No período de 1948 à 1952 gravaram com Cocomarola: Nieves Rodríguez conhecido como Tabú, El Indio del Norte, Emeterio Fernández, Odilio Godoy, Manuel Gómez, José Cejas que permaneceu um tempo mais e Antonio Nicolás Niz em uma primera etapa. Posteriormente também se integram ao Trío Cocomarola o dúo de vozes Quiróz-Úbeda, composto por Gabino Quiróz y Pascasio Úbeda, este último formaria tempos depois o afamadíssimo dúo Úbeda-Chavez . No final de 1956 logo a seguir da desvinculação do Dúo Vera-Lucero, outras vozes se unem ao conjunto; são eles: Simón Jesús Palacios y Santiago Nicolás Verón, que agregam o acordeón de Roque Librado Gonzalez e novamente a guitarra de Antonio Niz.

Estes dúos e trios integraram Cocomarola em seus primeiros anos de atuação, e com eles levou ao disco 5 temas realmente inesquecíveis.

Quase nos fins da década de 40, o inesquecível bandoneonista Eustaquio Miño, tinha em sua formacão um dúo de vozes que abriria caminhos a passos firmes no firmamento chamamecero. Cocomarola, que já os conhecia, faz um convite para integrarem seu conjunto, feito que ocorre no ano 1952. O dúo era integrado por Salvador Miqueri e Eustaquio “Nene” Vera, o afamado dúo Vera-Lucero.

Entre os anos de 1952 e 1956, gravam com o Taita del Chamamé uma série de exitosos temas e é sem dúvida alguma neste período onde vão se somando fatores que convertem em um éxito estrondoso os temas que compõem Cocomarola e Salvador Miqueri, somando-se ao estilo inconfundível do dúo de vozes e o toque justo, equilibrado e harmonioso do bandoneón do Taita del Chamamé.

Com a aparição destes valores chamameceros, o canto se divide em um "antes e depois" de Vera-Lucero. Com Tránsito Cocomarola deixaram gravados em suas vozes vinte temas e todos sem exceção - inquestionávelmente foram sucessos: Rojheyama, Para Ti, Compañera, El Boyero, Zunilda, Chiripá, Retorno, Puente Pexoa, Imploración, Mi Selva eterna, Rincón Dichoso, entre outros.

Porém, a vida e obra de Tránsito Cocomarola não se deteve. Logo de incorporar a Roque L González no acordeón, Juan Ayala no contrabaixo, e o violão de Antonio Niz, os dúos e trios de vozes são inumeráveis: Verón Palacios; Lisardo Cáceres-Evaristo reyes-Hipólito Argentino Vargas; Gregorio Molina; Julio Godoy; Luis Soloaga; Ireneo Ramírez, Carlos Ramírez, Elpidio Verón Miño, Juan Ojeda, Alfredo Alejandro Almeida; entre outros.

Tránsito Cocomarola Cocomarola deixa gravado no selo Odeón 124 temas e no selo Phillips 250, esto deixa demonstrado a vigência de um gênio da música folklórica correntina. Os temas registrados na SADAIC (Associação Argentina de Autores e Compositores de Música) superam duas centenas.

Inesperadamente, Tránsito Cocomarola falece em 19 de setembro de 1974. Por Lei N°3278 do Poder Executivo de Corrientes se instituiu esta data como “El Día del Chamamé”.

sexta-feira, 19 de maio de 2006

Zezinho Nantes

El Caraí Chamamecero del Río Arriba

Zezinho Nantes Ao longo da sua trajetória musical, vem se perfilando como um músico de uma particular habilidade, tanto com seu violão, quanto com sua gaita de OITO BAIXOS.

Sua formação musical o define como autenticamente “Chamamezeiro”, apesar de, já haver tocado com vários grupos, duplas e músicos dos mais variados gêneros e estilos, como: sertanejo, sertanejo romântico, modas de viola, musicas gaúchas, paraguaia, e vários outros, até chegar ao de sua preferencia: o “Chamamé”.

Intensas buscas, pesquisas, contato direto com músicos (inclusive argentinos e paraguaios), muita dedicação e gosto pela nossa cultura regional de raiz, desenvolveu no músico a vontade de se dedicar a esse instrumento tão simples, de tão pouco recursos, mas tão gostoso de se ouvir, A GAITA DE OITO BAIXOS, a qual poucos conseguem tocá-la, pois, sua escala diatônica a torna um instrumento de difícil execução.

Apesar de ser este seu primeiro trabalho próprio, pois a música sempre esteve em segundo plano, devido a outras atividades, Zezinho Nantes já atuou com vários artistas dentro do seu estilo, o que lhe deu um amplo conhecimento como músico prático, sempre tocando com muito esmero e dedicação tanto o violão quanto a gaita, desenvolvendo assim um notável circulo de amizade pôr onde passa.

Seria difícil relembrar e relatar com exatidão tantos bailes, festas, shows, churrascos, aniversários, pequenas e grandes reuniões ao longo de todo esse tempo.

Juntamente com outros músicos, eis alguns alguns dos vários eventos que participou:

Zezinho Nantes ao lado do ator Francisco Cuoco, na novela América da Rede Globo Rede Globo - Novela América - Faz. Rio Negro / Pantanal-MS / Dez. de 2004. Participação com Marcelo Loureiro.

- Rodeio Completo INDOOR de Campo Grande M/S-1998 Centro de Eventos M Tavares (Show com Paulinho Lopes e banda).

- 1º Baile da Hora do Chamamé - Clube Estoril - Campo Grande, MS.

- TV EDUCATIVA - Programa Som do Mato com: Helinho do Bandoneón - Ramão Martins. - Maurício Brito. - Marcelo Loureiro.

- Colônia Paraguaia - Pequenas Apresentações com Marcelo Loureiro e vários outros.

- Especial de aniversário da TVE Campo Grande MS-2001: Show com Helena Meirelles e Marcelo Loureiro.

- TV Campo Grande - Programa Domingo Rural: Show com Alejandro Martinez.

- TV Morena - RM TV - Com: Marcelo Loureiro - Helena Meirelles.

- 15º Festival Nacional do Chamamé - 1ª Festa do Mercosul - Corrientes / Argentina - Jan. 2005.


Amostra de Aúdio
- La Carrera (Autoria Zezinho Nantes)

Mais fotografias do Zezinho Nantes
Contratações

quarta-feira, 17 de maio de 2006

Salinas regresa al teatro Vera

El reconocido guitarrista Luis Salinas presentará su último trabajo: “Muchas cosas” el próximo viernes en el teatro Juan de Vera.

Salinas actuará en Corrientes en el marco de una gira que incluye presentaciones en Formosa y Misiones. El músico fue ganador de dos premios Gardel consecutivos en la categoría de Música Argentina y del Latin Jazz. La amplitud de su repertorio abarca géneros como el tango, zamba, chacarera, chamamé, milongas y boleros. Las entradas, desde $15, pueden adquirirse en la boletería del teatro.

momarandu.com

terça-feira, 9 de maio de 2006

Michele Dutra

Michele DutraMichele Dutra, nascida na cidade de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul em 24 de março de 1973, conviveu em sua infância com a musicalidade de sua família (Os Dutra em Chamamé), onde ouvia seu avô, seus tios e seu querido pai, tocar o legítimo som do Chamamé.

Naquela época, a verdadeira cultura regional difundia-se nos bailes de fazenda e nas rodas familiares de tereré, onde a harpa paraguaia, a moda de viola mineira e o acordeon argentino fundiran-se, criando um estilo próprio em que a sensibilidade do típica do pantaneiro aflorou numa musicalidade ímpar. E foi nesta atmosfera regional e familiar que a pequena Michele desenvolveu o gosto pelo Chamamé.

Sua carreira iniciou-se no ano 1998 quando foi convidada participar de um festival de seresta no Clube União dos Sargentos, sendo imediatamente convidada a fazer parte do Grupo Los Máster, onde interpretava o Chamamé Correntino que cantavam nos bailes de quinta - feira. Lá conheceu com profundidade o estilo virtuoso do chamamé argentino.

Já em 1.999, Michele foi convida a ser cantora da Banda Via Brasil, onde fez inúmeros bailes e shows. Finalmente, no ano de 2.000, Michele Dutra resolveu fazer sua carreira solo montando com músicos de alto nível a Michele e Banda, cantando um eclético repertório.

Mesmo pautando a sua carreira em vários estilos, Michele, cultivando suas origens regionais, foi convidada por diversos músicos a interpretar o Chamamé , gravando participações especiais memoráveis em seus trabalhos musicais.

Atualmente Michele Dutra está realizando shows por todo Estado e preparando com muito carinho seu CD, com músicas próprias e grandes clássicos do legítimo Chamamé.

Contatos - Email
+55 (67) 3363-8542
+55 (67) 9232-2422

Amostras de Aúdio:
- Mensaje de Amor
- Mi Selva Eterna
- Paraje Bandera Bajada
- Camba Cua
- En Tu Ventana
- Flor de Assucena
- La Calandria
- No Llores Mi Amor
- Voz do Vento