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terça-feira, 23 de maio de 2006

Festival América do Sul

Último dia do 3º Festival América do Sul - Corumbá, MS

O cancioneiro paraguaio Rigoberto Arévalo, que se apresentou na noite de segunda-feira, terceiro dia do Festival América do Sul com 'Su Trio de Siempre', disse que lhe faltam adjetivos para expressar seu contentamento e entusiasmo pela oportunidade de participar de um evento que promove a integração do continente. O público, que cantou, dançou e aplaudiu seu show, com certeza interpretou esse sentimento fronteiriço através da música que tanto nos identifica.

Surpreso por se apresentar pela primeira vez em um Festival que discute uma América sem fronteiras através das manifestações culturais, Rigoberto Arévalo se comportava como um principiante em sua entrevista, ao final do show. “Foi um momento extraordinário, não sei o que dizer quando voltar ao meu país. O público brasileiro cantando nossas músicas foi especial, isso é integração, eleva nossa estima”, comentou, sem esconder a emoção de quem tem 50 anos de carreira.

O grupo paraguaio foi o primeiro a se apresentar entre as atrações musicais de ontem à noite. Os shows foram realizados no salão social do Corumbaense Futebol Clube, transferidos do palco da Praça Generoso Ponce devido ao mau tempo. Mais de duas mil pessoas assistiram as apresentações de Rigoberto Arévalo, Renato Borghetti (Brasil), Puerto Candelária (Colômbia) e América Contemporânea (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e Venezuela).

Foi uma noite especial, como bem definiu o cantor paraguaio. A começar pela passagem do som, de última hora. O público não interagiu com os artistas apenas durante as apresentações. Ao final de cada show, os músicos transitavam entre os espectadores para dirigir-se ao camarim, improvisado num andar superior, posando para fotos e dando autógrafos. Arévalo e seu trio subiram ao palco para passagem do som no momento em que a entrada do público foi liberada.

Ritmos fronteiriços – A paciência dos artistas e do público foi compensada, havia uma energia muito forte naquela lugar aconchegante que um atraso na programação fosse capaz de tirar o brilho da noite. Rigoberto e Su Trio de Siempre foram irretocáveis, apresentando a autêntica música paraguaia com competência vocal e instrumental. O grupo, sabiamente, tocou na alma dos sul-mato-grossenses ao apresentar um repertório que se confunde com a cultura regional, da polca ao chamamé.

O público, claro, não se contente. Era essencialmente latino, brasileiro ou não. Quando Rigoberto e trio cantaram clássicos como Paloma Blanca, a platéia se integrou ao show. E, sucessivamente, vieram canções de grande apelo sentimental, como Ipacaray, Índia, Pajaro Campaña, Merceditas, Km 11, Galopeira... Todos cantavam, batiam palmas e dançavam. Foram 50 minutos da verdadeira integração do Festival América do Sul.

AquidauanaNews.com

1 Chamame:

Blogger Felipe Martini diz...

Gracias pela resposta e por relacionar o meu diário, gostaria de fazer o mesmo com o teu, mas não sei.

Me explica, se quiseres!

Abraço!

23/5/06 10:46 PM  

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